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Série
Nação Jongo
Discutindo o homem-social contemporâneo e evocando nossas raízes emocionais e culturais, busco nessa série nos confrontar com a pouca consciência de nós mesmos. De forte caráter arquetípico, os trabalhos nos projetam a uma dimensão quente e acolhedora, levando-nos a compartilhar nossas experiências pessoais. Plasticamente, a terra expõe a superfície mais fina e suscetível da pele. “Flores de pedra” transbordam entre rachaduras, expondo nossa essência oxidada. Em outro plano, uma camada onírica projeta nas sombras memórias felizes. A tela como caixa, vela e desvela entre fendas nosso Ente original.
Explorada em múltiplas dimensões, a tela/objeto deixa de ser plana. A manufatura é executada em técnica mista, onde minérios e resinas oscilam entre tinta e matéria escultórea. De forma barroca, rendas e fitas são tramadas e escamas bordadas, revelando as cores e as texturas do motivo narrado.
Reverenciando a linguagem matérica de Anselm Kiefer e Nuno Ramos e a ausência dela em Armando Reverón, pesquiso a força da percepção, presente em Lygia Clark. Sentir virou artigo de luxo num mundo constantemente plugado mas pouco conectado.
Claudia Dowek
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